Por onde começar a estudar Clínica Histórico-Cultural?

Introdução

Você já deve ter se deparado com inúmeras dificuldades para encontrar um material sistematizado que trate das especificidades da Clínica Histórico-Cultural. Isso acaba tornando desafior o processo de estudo do fazer clínico dentro dessa abordagem da psicologia. Por esse motivo, cada texto encontrado, cada produção realizada, acabam se tornando extremamente preciosos.

Nesse sentido, podemos pensar um pouco mais sobre como esses desafios se apresentam no dia a dia dos amantes da PHC, assim como quais são os textos pelos quais você pode começar a estudar a clínica, e os impactos que eles têm sobre o campo. Veremos tudo isso a seguir!

Mas que desafio é esse?

Articular os saberes já desenvolvidos pela Psicologia Histórico-Cultura com a prática clínica é, de fato, um desafio.

Um dos primeiros empasses encontrados por quem quer estudar sobre a Clínica Histórico-Cultural se encontra no acesso às obras desenvolvidas por Vigotski e seus colaboradores. Além disso, as obras de mais fácil acesso geralmente  estão mais relacionadas com o campo da Educação ou não tratam especificamente sobre a clínica. Nesse sentido, existe um dilema em saber por onde começar.

Outra dificuldade muito comum está em encontrar grupos, coletivos ou comunidades que tenham como objeto de seus estudos a prática clínica histórico-cultural. Por esse motivo, estudar esse assunto acaba se tornando uma tarefa solitária, o que, por vezes, – nós sabemos – pode desmotivar você no percurso de estudo.

Temos superado esses desafios?

Entretanto, apesar desse cenário desafiador que ainda encontramos, temos conseguido avançar em muitos aspectos relacionados ao desenvolvimento da Clínica Histórico-Cultural.  

Após o período da ditadura militar, um maior volume de obras de Vigotski puderam entrar no Brasil! Com isso, um maior número de pesquisas e trabalhos foram desenvolvidos sob essa perspectiva teórico-metodológica. No que diz respeito às produções relacionadas à Clínica Histórico-Cultural no Brasil, percebemos que, a partir da primeira década do século XXI, avaçamos na produção de materiais sobre a clínica, de fato.

Nós do NPHC temos contribuído para a transformação desse cenário, pois desenvolvemos ações que tem como objetivo minimizar os desafios encontrados pelos adpetos da teoria de Vigotski na clínica, alguns exemplos são: livros, artigos, grupos de estudo, aulas abertas e especializações sobre a Clínica HC.

Mas afinal, por onde começar?

Quando o assunto é Clínica Histórico-Cultural, nosso livro Cartas para Vigotski: ensaios em psicologia clínica histórico-cultural é parada obrigatória! E sabe a melhor parte? Clicando no título do livro que você acabou de ler, você consegue baixá-lo gratuitamente em nosso site. O livro aborda os principais dilemas da prática clínica vigotskiana, indo de discussões filosóficas até a compreensão dos instrumentos de intervenção e suas possibilidades de uso no consultório.

Mas, para dar uma fortalecida na sua compreensão dos conceitos, também queremos  recomendar a leitura do livro Imaginação e criação na infância, do próprio Vigotski. Essa é uma obra super fácil de ler e ainda irá dar um panorama geral de conceitos centrais da PHC como desenvolvimento e funções psicológicas superiores.

Conclusão

A Psicologia Histórico-Cultural é formada por pessoas que devem ter como valor primordial reconhecer a importância do conhecimento que é produzido coletivamente. O NPHC tem se consolidado como um desses espaços de construção e fomento de produções sobre a Clínica Histórico-Cultural. 

Por isso, caso não esteja sabendo por onde começar a estudar ou esteja se sentindo sozinho nos estudos, pode contar conosco para te ajudar nessa caminhada rumo à construção de uma clínica crítica e contra-hegemônica.

Quer saber mais sobre esse e outros assuntos? Confere o nosso site e segue o nosso Instagram! @np_historicocultural